Ministro Alexandre de Moraes manteve o cronograma da ação penal que investiga tentativa de manter Bolsonaro no poder após derrota nas eleições. Interrogatórios começam nesta segunda (9).
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou um novo pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para suspender a tramitação da ação penal que apura uma suposta trama golpista com o objetivo de impedir a transição de poder após as eleições de 2022.
A decisão foi tomada na noite da última quinta-feira (5). A defesa tentava adiar o interrogatório de oito réus, incluindo o próprio Bolsonaro, argumentando que ainda não havia tido tempo para analisar o extenso material anexado pela Polícia Federal no dia 14 de maio. Os advogados também alegaram que gostariam de acompanhar o depoimento de testemunhas de outros núcleos da investigação, que tramitam em processos paralelos.
Ao recusar o pedido, Moraes afirmou que a solicitação não tem fundamento jurídico, já que a defesa teve a chance de indicar até 40 testemunhas, inclusive pessoas envolvidas em outros processos relacionados ao caso. No entanto, os advogados apresentaram apenas 15 nomes e desistiram de seis.
A fase de oitivas foi encerrada na segunda-feira (2) e os interrogatórios dos réus estão marcados para começar nesta segunda (9).
A ação penal faz parte de um conjunto de investigações conduzidas pela Polícia Federal e autorizadas pelo STF, que apuram a existência de uma organização criminosa voltada a fraudar o processo eleitoral e manter Bolsonaro no poder mesmo após a derrota para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Foto: Divulgação/TSE
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